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Novo projeto para orientar a locomoção do cego
Após à conclusão de estudos atualmente desenvolvidos na universidade americana da Flórida, o uso da bengala, a ajuda de cães como guias e a dependência da boa vontade das pessoas poderão ser recursos ultrapassados para o deslocamento do cego.
Dentro de dois anos, segundo a previsão de seu idealizador, Steve Moore, um novo sistema irá permitir ao deficiente visual a locomoção independente, substituindo o tipo de auxílio por ele utilizado atualmente.
A tese de mestrado de Moore, desenvolvida desde 1999, visa unir a informação geográfica aos movimentos internos. Defende projeto sobre um sistema de navegação pessoal interativo, com instruções verbais, por meio de comandos de voz que indicam e respondem o caminho a seguir.
A idéia atraiu outros dois estudiosos - Balaji Ramachandran e Lisa Ran - que o ajudaram a desenvolver a proposta, acrescentando informações atualizadas sobre as alterações quanto à distância em pés, com orientação corretiva ao longo do trajeto percorrido pelo cego.
O uso do sistema, chamado Drishti, que em sânscrito quer dizer “visão”, oferecerá comodidade e segurança ao portador de deficiência. Combina voz, em uma comunicação sem fio, com bancos de dados disponíveis. Tem a espessura de um catálogo telefônico e reveste a cintura da pessoa.
Funciona através do Windows 98 e é controlado por voz com uma interface que usa o software ViaVoice da IBM. O computador, por sua vez, é conectado a um receptor de sistema de posicionamento global (GPS), que registra a latitude e a longitude, e é carregado nas costas do usuário.
O Drishti também recebe dados do sistema de informação geográfica GIS) da universidade - um mapa dinâmico do campus, que pode ser atualizado por sua administração, em caso de locais problemáticos, como, por exemplo, construções.
Theral Moore, pai do estudioso, é cego e testou o equipamento. Mesmo achando-o incômodo, deu sua aprovação, pois concluiu ter se sentido mais à vontade, e afirma que o novo recurso poderá ajudar muito o deficiente visual: "Você não pode exigir luxos quando tem essa deficiência, por isso o sistema é tolerável.”
Fonte: www.uol.com.br/inovação
(Tradução: Luiz Roberto Mendes)