Trabalho social no Parque do Ibirapuera
Local: São Paulo/Spsp
A visão que, nos últimos anos, os moradores do bairro de elite da cidade de São Paulo têm do Parque Ibirapuera, é a de um local abandonado, considerado perigoso e freqüentado à noite por homossexuais.
Seria, portanto, um espaço de baixa procura, não fosse a iniciativa da fonoaudióloga Selma Reyes de atrair o interesse e apoio da prefeitura, no sentido de transformar o local em laboratório social.
O projeto Crer-Ser, desenvolvido por Selma, vem tomando corpo: por meio de convênios com empresas, estimula jovens entre 15 e 20 anos, dedicados à jardinagem, a trabalhar e a voltar aos estudos.
Selma tinha planos de transformação do parque em um laboratório para experimentos de inclusão social com idosos e portadores de deficiência física e mental. Mas ao observar que os mais carentes ficavam próximos, pedindo esmolas e tramando furtos, resolveu incluir neles as crianças e adolescentes.
Com a criação de oficinas ao ar livre, a fonoaudióloga aliou à preservação do parque o aprendizado dos menores, dando-lhes a oportunidade de formação profissional.
Para democratizar a frequência e tornar a parque acessível e agradável, a prefeita solicitou às associações de defesa dos homossexuais a criação de um código de convivência naquele local.
Fonte: Folha de São Paulo