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Viva Rio leva Internet a comunidades carentes

Local: Rio de Janeiro

A parceria firmada entre o Movimento Viva Rio (prêmio internacional de inclusão, na internet, de comunidades carentes), e a empresa israelense Taho, já tornam possível o acesso à Internet por comunidades carentes em favelas e bairros pobres do Rio de Janeiro.

A tecnologia que viabiliza esse acesso, com baixo custo, foi criada na Guerra do Golfo e trazida pela Taho de seu país.

A nova modalidade de acesso à Internet não foi implantada apenas nesses locais. Em Petrópolis, cidade onde mora o presidente da Taho, Luis César Fernandes, também já existe a forma eletrônica mais inovadora do mercado: com apenas uma antena do tamanho de uma caneta, são ligados lap-tops e computadores diversos, por meio de um disquete com duas mini-antenas.

Através da Estação Futuro, a nova tecnologia já foi instalada em 11 favelas e bairros pobres da cidade, sendo a primeira na Rocinha — que possui 25 computadores, recebidos como doações de empresas.

Dez são colocados à disposição do público e 15 são reservados para os diversos cursos oferecidos aos moradores, em geral adolescentes das escolas das comunidades. Os cursos de gestão comercial e os de técnicas de vendas são populares entre os comerciantes locais, inclusive os do comércio informal.

Na matéria publicada em O Globo de 30/11/2002, Franklin Coelho, diretor de serviços comunitários da ONG explicou como se processa a implantação do projeto: “Cada Estação do Futuro é auto-suficiente. Fazemos o investimento inicial de preparação da loja, conseguimos os computadores com doações e, depois cada um tem de pagar os salários de seus funcionários e seu custeio. Cobramos um real por meia hora de acesso à internet e R$ 20 por cada um dos quatro cursos que oferecemos. Os empresários privados cobram R$ 90.

A demanda é tão grande que na Maré, onde temos quase três mil cadastrados, temos de abrir mais cedo e só fechar às 10h da noite. As horas de pico do movimento são as da tarde e da noite. Pela manhã os cientes são raros, mas é quando os cursos mais funcionam. Assim mesmo, temos problemas. Muitos dos cadastrados só utilizam a internet uma vez e não aparecem mais. As mulheres são apenas 39% da clientela, quando na Rocinha, por exemplo, a divisão é meio a meio. A grande maioria dos clientes, 72%, é de adolescentes e jovens entre 13 e 29 anos.”


Fonte: O Globo