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Anões se unem em Associação para defender seus direitos

A idéia de fundar a Associação “Pequenos Guerreiros”, em setembro passado, foi da adolescente Patrícia Birro, de Belo Horizonte, e de sua psicóloga. No início o objetivo era apenas fazer amigos, mas depois Patrícia percebeu que fundando uma ONG poderia ajudar muita gente com dificuldades comuns.

A “Pequenos Guerreiros” foi registrada em março e tem como slogan “Sou do tamanho daquilo que vejo e não do tamanho da minha altura”. O logotipo será um presente do cartunista Ziraldo. Como Patrícia ainda não tinha 16 anos, a presidência foi assumida pelo auxiliar administrativo Roberto Catti de Oliveira. Agora, a jovem afirma que será a próxima presidente.

Segundo Patrícia, é importante que as autoridades se conscientizem da necessidade de adequar o mobiliário urbano também aos anões. “Na escola, a cadeira é alta demais. A criança anã fica com as pernas balançando e não presta atenção direito na aula”, diz Roberto.

Outro exemplo são as dificuldades do ator Cosme Monteiro, que é anão. Ao usar um orelhão, é preciso que ele suba em uma cadeira ou dê pulinhos para teclar cada número.

Morador de São Gonçalo (RJ), Cosme tem direito ao passe livre, mas precisa vencer muitos obstáculos para lidar com o mobiliário urbano, como os degraus de alguns ônibus - altos demais - e os botões dos elevadores, que nem sempre consegue alcançar.

Uma das primeira vitórias da “Pequenos Guerreiros” foi o acordo com a BHTrans, empresa de transporte da cidade, que possibilita o uso de passe livre aos portadores de nanismo clinicamente comprovado.

Na cidade do Rio de Janeiro o nanismo não é considerado deficiência com direito a passe livre.

Fonte: Jornal Extra – Geral - Patrícia Alves – 16/04/2006