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Bengala eletrônica sinaliza obstáculos para o deficiente visual

A bengala eletrônica criada por pesquisadores da Faculdade de Engenharia Eletrônica da Fundação Educacional Inaciana - FEI pode ser muito útil para quem não enxerga ou tem pouca visão, pois indica os obstáculos durante a locomoção.

Ao identificar obstáculos à frente, a bengala emite um sinal sonoro. Quanto mais próximo estiver o objeto, menos intervalos entre os sinais. Um protótipo de baixo custo do aparelho, de manuseio bem simples, já foi desenvolvido.

Testada por um deficiente visual, a bengala demonstrou ser muito segura, pois tem alcance maior que o de uma bengala comum. O engenheiro eletrônico Mário Kawano, orientador do projeto, informa que o dispositivo tem o tamanho de um telefone comum, e é possível diminuí-lo ainda mais.

Segundo Fábio Misserino, um dos alunos participantes do projeto, seu manuseio também é simples e os botões de controle possuem legenda em Braille.

A bengala eletrônica tem duas partes: um módulo central e uma espécie de mouse com os dois sensores (distância e cor) onde ficam os dois botões com comandos para identificar os obstáculos e as cores.

“O aparelho pode ficar dentro da mochila ou preso na cintura e está apto a identificar qualquer tipo de obstáculo, sejam buracos, postes ou árvores“, ressalta Fábio Misserino.O mecanismo de funcionamento da bengala também é simples.

A localização dos objetos é feita por meio de sensores ultra-sônicos: o aparelho emite ondas inaudíveis para humanos e verifica como elas foram refletidas. Caso exista um obstáculo que pode atrapalhar o movimento, o deficiente é avisado. O aparelho não informa exatamente onde o objeto se encontra. Para isso, é preciso que a pessoa estique a mão e descubra.

Para identificar as cores, o aparelho emite raios luminosos com as cores primárias e determina a cor do objeto que está na sua frente, com base na cor refletida. A identificação é pontual.

Se os raios batem num ponto específico de uma roupa, por exemplo, a bengala informa a cor desse ponto. ”Se o deficiente colocar o aparelho na frente da parte branca de uma blusa branca e preta, o detector interpretará branco", exemplifica Kawano.

Fonte: Boletim Sentidos no.251