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Negros têm pouca oportunidade de trabalho em Bancos

Segundo um levantamento feito em quatro estados – BA, MG, RJ e SP - pelo Ministério Público do Trabalho, é grande a exclusão de negros no setor bancário privado no Brasil.

Na Bahia os negros representam 72% da população economicamente ativa, mas os quatro maiores bancos do estado têm apenas 23% de funcionários negros. Em Minas Gerais, os negros representam 39% da população economicamente ativa, mas há apenas 10% de negros empregados nos sete maiores bancos do estado.

No Rio de Janeiro, os negros são 31% da população economicamente ativa no Rio de Janeiro mas são apenas 13% nos sete maiores bancos do Estado. Em São Paulo, os negros representam 20% do mercado de trabalho, mas apenas 8% dos funcionários dos seis maiores bancos.

Para verificar onde existe exclusão e preconceito, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara considera prioridade para a próxima legislatura um diagnóstico sobre a diversidade racial e de gênero nos estabelecimentos bancários.

Em reunião na Comissão de Direitos Humanos realizada no dia 27, a Febraban informou que o censo bancário deve ser concluído nos próximos seis meses. Nos três meses seguintes após à conclusão do mapa, será desenvolvido um trabalho de sensibilização de formadores de opinião sobre o tema.

A iniciativa conta com a parceria do Ministério Público do Trabalho, da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert).

O programa para promoção da diversidade feito pela Febraban conta com a participação de profissionais de 22 bancos do País, técnicos da entidade, representantes da sociedade civil, com a consultoria do Ceert, organização não-governamental que atua no combate à desigualdade racial há 15 anos.

Para o subprocurador-geral do Ministério Público do Trabalho, Otávio Brito, a iniciativa da Febraban, somada aos dados já levantados pelo Ministério Público, pode levar a um diagnóstico definitivo sobre o problema.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado Luiz Eduardo Greenhalgh espera que o trabalho pioneiro iniciado na sua gestão tenha continuidade com o próximo presidente da comissão. Ele afirma que os dados levantados no mapa da diversidade servirão para corrigir as distorções do mercado de trabalho e acredita que essa experiência possa servir de exemplo para outros setores.

Fonte: Agência Câmara - 26/01/2007