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Em Minas Gerais, o plantio de árvores marca nascimento dos bebês

No momento em que a sociedade toma conhecimento da caótica situação do planeta pela ação do próprio homem, a iniciativa de cidadãos da cidade de Diamantina é um exemplo da luta a favor da natureza.

Diamantina fica a 292 quilômetros de Belo Horizonte, capital do estado, e tem 40 mil habitantes. Desde o dia 1o. de janeiro, todas as mães que têm bebês na Maternidade do Hospital Nossa Senhora da Saúde ganham uma muda arbórea ou ornamental, são estimuladas a plantá-la e orientadas sobre os cuidados a tomar com ela.

Isso começa a acontecer no dia da alta hospitalar, quando a mãe do recém-nascido recebe a muda e cartão de felicitações com informações sobre a planta (espécie e como e onde deve ser plantada) e um versinho: “Toda criança, ao nascer, deveria ser regada. E uma árvore florescer, em sua vida plantada”.

A presenteada preenche um cadastro que indica seu nome, endereço, telefone e onde pretende plantar a muda. Essa ficha será incorporada ao banco de dados do projeto, para controle da quantidade e localização das árvores distribuídas.

Tudo começou há cerca de cinco meses, quando Josefina Mota Ribeiro resolveu comemorar a chegada da neta Lívia. A primeira muda, um ipê-amarelo, foi plantada por sua filha Camila. Assim surgiu o projeto Plantando Vida, hoje coordenado por Josefina e por Ariana Rodrigues Silva, noiva do seu filho.

Segundo Ariana, que é turismóloga, nascem a cada mês, na cidade, cerca de 115 novos bebês – sendo 42% de municípios vizinhos. “Doamos a muda para celebrar a vida da criança. E uma árvore, depois de crescida e cuidada com carinho, significa comemorar a vida também. É importante que a criança, desde cedo, tenha contato com a natureza e aprenda a valorizá-la”, afirma Ariana.

Desde o dia 1º já nasceram mais de 15 bebês no município e até o fim do ano, com a previsão de 1300 nascimentos, Diamantina deverá contar com mais 1300 árvores, além de inúmeras famílias sensibilizadas pelo Plantando Vida.

O projeto já conquistou vários parceiros: o Instituto Estadual de Florestas (IEF), a Polícia Militar de Minas Gerais, o Corpo de Bombeiros, a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, a Secretaria Municipal de Saúde e empresários e membros da comunidade.

A região de Diamantina, caracterizada por vegetação de campo rupestre e cerrado, sofreu com o garimpo, ao longo dos anos. O engenheiro florestal do IEF, Eduardo Freitas Costa, que abraçou a proposta do Plantando Vida, considera a iniciativa um início de conscientização do diamantinense, e também dos futuros cidadãos que estão nascendo, para o respeito à natureza.

Fonte: www.intercidadania.net.noticia.kmf - do Estado de Minas – 15/01/2007